terça-feira, 15 de julho de 2008

jeitinho

E já que falei do “jeitinho brasileiro”...




Jeitinho Brasileiro



(Olha o jeitinho brasileiro aí, gente!)


Pra gostar
Bom é o jeitinho brasileiro
Assim entre o sofrido e o catimbeiro,
Feito Ary numa Aquarela
- Mentira há de ser sinceramente,
Topada também toca pra frente -
Gostar, mas de qual delas?

Viver!...
Viver com a pulga atrás da orelha
- Quanto mais coçar, sorrir.
Sambar, ô, ô
Sambar com um prego no sapato pra peteca não cair.
Viver; reviver.
Ver na saudade uma vizinha - Ioiô no quintal! -
Folga pro meu lado, mas canto a marchinha
De um antigo carnaval.


(Vizinhas!...)

Vizinhas, Ioiô morena, irmã da loura Iaiá...
O meu irmão noivou da Iaiá, feliz.
Mas viu na morena, calor de pão, sumo de limão,
Frescor de buritis
E água de riacho rente aos pés,
Um zonzo de zumbido das abelhas, mel dos méis...
Se Iaiá saía, Ioiô vizinha se despia, à flor do quintal!
Meu irmão penava, mas cantarolava
Pra manter sua moral:

Lourinha, lourinha, dos olhos claros de cristal,
Quanto tempo, ao invés da moreninha, serás a rainha
Do meu carnaval.
Lourinha, morena, rainhas do meu carnaval,
Qualquer dia, Iaiá e Ioiô vizinhas vão reinar
Juntinhas lá no meu quintal.

Braguinha, Braguinha,
Braguinha, não me leve a mal
Eu não esqueço a loura e a moreninha,
Pago a tua parte em Direito Autoral.

(João Bosco/Aldir Blanc)

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