terça-feira, 27 de outubro de 2009

dilma

“Menas”, companheira, “menas”!






Essa história de Dilma Rousseff querer apontar viés machista às acusações de que está fazendo campanha eleitoral antecipada ao participar, ao lado de Lula, da “fiscalização” ou inauguração de obras públicas é de um lári-lári que agride a inteligência.


A questão não é se ela é mulher, homem, homossexual ou hermafrodita.



A questão é que se trata de um agente público que estaria em campanha eleitoral com dinheiro público e em período vedado.



Ou seja, por qualquer ângulo que se olhe, simplesmente burlando as regras do jogo democrático.



E note-se que, com esse “estaria”, já se está a dar à ministra e ao seu principal cabo eleitoral, o presidente Lula, o benefício de uma dúvida que nem merecem.



Afinal, como notou o presidente do STF, Gilmar Mendes, nem o mais ingênuo dos brasileiros acredita que as “fiscalizações” realizadas por Lula e Dilma não são, em verdade, campanha antecipada.



E campanha com tudo o que a sociedade e a Justiça Eleitoral têm tentado coibir, por imoral: sorteio de brindes, transporte de ouvintes/eleitores, shows artísticos.
Sem falar no uso de dinheiro público para esse fim.



É claro que Dilma está em campanha, assim como Serra também está: a Assembléia Legislativa de São Paulo, aliás, já até aprovou a possibilidade de o governo daquele estado fazer propaganda em outros estados da Federação, diz-que para “incentivar o turismo”...



É certo que Lula, Dilma e Serra têm culpa no cartório por esse comportamento antidemocrático e imoral.



Nenhum deles é “inocente”.



Afinal, todos vieram de uma escola que sabe muito bem o que é Ética, o que é o uso patrimonialista do Estado, o que é Democracia e o que são os comportamentos políticos que deseducam e que até remetem às práticas da Velha República.
Serra, Lula e Dilma provaram, ao longo de suas vidas, o compromisso com a transformação da sociedade brasileira.



E é por isso que tal comportamento soa tão grave e desconcertante.



É como se a disputa de poder os tivesse levado a esquecer de tudo aquilo por que sempre lutaram e até daquilo que são e representam, para todos nós: um espelho, um norte.



Mas, penso, a culpa deles tem de ser dividida com a Justiça Eleitoral, que possui meios suficientes para coibir tais abusos.



Justiça e Ministério Público, que possui a prerrogativa de poder agir sem ser provocado, têm de mostrar a tucanos e petistas que as regras eleitorais existem não por acaso, e têm, sim, de ser respeitadas.



Não basta a crítica de um ministro, ainda que presidente do Supremo: é preciso punir - e punir com rigor.



Vale-tudo nunca foi Democracia.



E isso, Estado e sociedade têm, sim, condições de levar tucanos e petistas a compreender.


2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Ana!

Antecipadamente agradeço a publicação do que se segue...
A questão aqui é unica, pura e simplesmente de "faça o que eu digo e não o que eu faço".
Eles podem enquanto situação, mas é uma questão de tempo p/ essa racinha pequena virar oposição novamente ai nós minha cara perereca, não poderemos nada do que eles ora podem. Apenas isso.

Edson Pantoja.

Em tempo... qdo vc começará a cutucar as Pessoa que tão fazendo fortuna no Hangar? Cobrar 10% de prestador terceirisado é apenas EXTORCIVO! MP neles!

Anônimo disse...

É muito bom sempre lembrar os detalhes das regras do jogo democrático.