quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Jatene não supera mágoa e faz “Governo Virtual” também em Marabá. É, leitor, o abandono não é só na RMB, “visse”?





Do jornalista Wilson Rebelo, do blog Contraponto, de Marabá, via blog do Zé Dudu. 

Como sempre, um texto excelente:


“Em Marabá Jatene erra na política e no repertório 


Então, “Jateme” esteve em Marabá!

Para quem conhece o governador tucano, não foi novidade a postura. Segundo soube, Jatene, este dublê de cantor, parafraseou Caetano e citou “Sampa”, aquela do Narciso que “acha feio o que não é espelho”.

Para variar, Jatene errou feio.

O discurso de Jatene esteve mais para “Gota d’água”, de Chico. Afinal, o coração do tucano “é um pote até aqui de mágoa”.

Sempre disse que Jatene faz política com o fígado. Nada mudou.

No Plebiscito para criação do Estado do Carajás, Jatene foi sovado. A tropa a favor de Carajás, liderada por João Salame, Giovanni Queiroz e tantos outros, aplicou-lhe uma surra desmoralizante. Nada menos que 92% dos eleitores da região disseram SIM à criação do novo Estado.

Perdemos eleitoralmente, por óbvio, uma vez que a campanha difamatória patrocinada pela turma do NÃO tinha a seu favor um colégio eleitoral duas vezes maior.

Claro, cometemos erros. Não conseguimos focar a campanha em Belém e talvez tenhamos exagerado ao incluir áreas vastas demais no mapa do Carajás.

Mesmo assim, saímos da campanha vitoriosos politicamente.

Um ano depois, em 2012, Jatene considerava como favas contadas a vitória de um seu correligionário – Tião Miranda – em Marabá.

Não contava que a omissão de Tião lhe cobraria um preço altíssimo. Chegou a mandar seu marqueteiro de estimação para dar rumo à desmazelada campanha de Tião. Não funcionou.

João Salame mostrou que poder político e recursos financeiros elevados são importantes, mas não determinantes na disputa eleitoral.

Fundamental mesmo na política, ora pois, é saber fazer política e ter coerência.

Jatene, duplamente derrotado em Marabá, encheu-se de mágoa.

A partir daí o que se vê é uma espécie de “cerco” à Marabá.

Ontem (12), Jatene recitou números que sua assessoria lhe forneceu.

Falou dos investimentos da Cosanpa. Os tais R$ 300 milhões, ele esqueceu de dizer, foram contratados ainda no governo de Ana Júlia e, no governo tucano, a obra passou a arrastar-se à passo de cágados.

As obras da Cosanpa, executadas sem planejamento, deixam esburacadas as ruas da cidade e o remendo feito é de péssima qualidade.

Mas, a coisa fica ainda pior.

O contingente de policiais militares e civis em Marabá é o mesmo dos últimos 8 anos! Enquanto isso, a população mais que dobrou!

Há anos – muitos anos – o Governo do Pará não constrói uma única escola em Marabá.

O colégio Anísio Teixeira, única obra do governo tucano em execução na cidade, só deverá ser entregue em dezembro.

Enquanto isso, as escolas do município servem para atender à demanda do ensino médio que Jatene não dá conta. Pior: os alunos da rede municipal ficam sem espaço para atividades importantes como o programa Mais Educação.

A ampliação de leitos do Hospital Regional chega a ser um acinte. A demanda que temos em Marabá e região exige pelo menos dois novos hospitais de média e alta complexidade – um em Parauapebas e outro em Marabá.

Este é o retrato do governo Jatene, um governo que fez despencar o IDH do Pará e que nos obriga a ser a vergonha da Nação, ocupando o penúltimo lugar entre as 27 unidades da Federação!

Mas, se Jatene veio falar do que NÃO fez, Salame tratou de mostrar O QUE SE EXIGE QUE JATENE FAÇA.

Salame mostrou que são necessárias, no mínimo, quatro escolas, entre elas uma de qualificação técnica, a regularização fundiária das áreas do ITERPA, R$ 50 milhões para asfalto, regularização e ampliação dos repasses ao HMM e ao HMI, entre outras coisas.

O atendimento dessas reivindicações resolveria nossos problemas? Claro que não! Mas, seria o mínimo que um governador justo e correto deveria fazer para merecer, senão o voto, pelo menos o respeito de seu povo. Infelizmente, existe pouca esperança que sequer este mínimo seja feito por Jatene.

O resto é, para seguir citando o cancioneiro popular, como dizia Pinduca, “só lari-lari” de um governo que se mantém de costas para a região mais promissora do Pará.

Como as eleições estão chegando, a expectativa é que ao final do ano que vem possamos ouvir Jatene cantar “adeus amor, já vou partir…” 


Tem mais Contraponto aqui: http://wilsonrebelo17.blogspot.com.br/ 
E mais Zé Dudu aqui: www.zedudu.com.br 

Leia também a postagem “Um pândego chamado Jatene”. Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/09/um-pandego-chamado-jatene.html 


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P. S. Égua, Orly, arranja mais umas ideias tipo essa do “Governo Digital”. Tá bacana, ó, daqui!...

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