quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Servidores do CAP’s protestam contra falta de condições de trabalho. Rede de assistência em saúde mental de Belém estaria sucateada. Faltam medicamentos e até água. Vereadora que denunciou o caso estaria proibida de entrar no local.


A “farmácia” do CAPs: apenas uma caixa de medicamento. A foto teria motivado a proibição de entrada da vereadora Sandra Batista no local (Foto enviada ao blog pela Assessoria da vereadora).



Os servidores da saúde da Casa AD, do Centro de Atenção Psicossocial (CAP’s) Álcool e Drogas, farão um protesto amanhã, às 9 horas, em frente à unidade, na avenida Almirante Barroso, em Belém.

Eles reclamam das péssimas condições da casa, que não oferece suporte para os atendimentos, e reivindicam a transferência para outro local.

Por falta de estrutura o funcionamento não é 24h, como deveria, e deixa o usuário sem o acompanhamento devido.

Desde 2011, os servidores anseiam pela mudança de prédio.

Atualmente, os atendimentos são apenas ambulatoriais e a demanda é crescente.

O aluguel pago pelo local, segundo os profissionais da saúde, é de R$ 6 mil.  

A vereadora Sandra Batista (PCdoB), que vem denunciado os problemas da assistência à saúde mental em Belém, estaria proibida de entrar no local.


Dossiê - Este mês, Sandra Batista apresentou dossiê do Movimento Paraense de Luta Antimanicomial relatando o abandono e sucateamento da rede de assistência em saúde mental de Belém.

A rede é composta por quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAP’s), geridos pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

De acordo com os servidores, há irregularidades no fornecimento de insumos, como a recorrente falta de medicamentos básicos.

O fornecimento de alimentação foi interrompido desde o segundo semestre de 2012. A infraestrutura é sucateada e deficitária.

Na Casa de Saúde Mental e Drogas não há espaço para internação e desintoxicação. 

A Vigilância Sanitária, inclusive, não teria autorizado o funcionamento da casa, que está com alvará vencido desde 2008.

O CAPs Mar e Sol, de Mosqueiro, não possui médico psiquiatra e assistente social.

No CAPs Infantil, os problemas vão desde a recorrente falta de água à irregularidade de suprimento para despesas emergenciais.

Com a Casa Mental do Adulto a situação não é diferente: falta água e alimentação, não há transporte para realizar visitas domiciliares ou cumprir atividades extramuros, recomendadas pela Política Nacional de Saúde Mental.

A vereadora, no mês passado, solicitou ao então secretário de Saúde informações sobre a ausência de diretor no CAPS AD; providências quanto à disponibilização de documentos; informações sobre a suspensão do lanche, com imediato retorno da alimentação.

Solicitou, ainda, a contratação de mais psiquiatras e esclarecimentos sobre a recusa de atendimento aos dependentes químicos que não estão cadastrados, sob a justificativa de que não há estrutura suficiente para o atendimento, quando, na verdade, a saúde é um direito de todo cidadão, sendo de responsabilidade do poder público garantir o atendimento.

A Casa AD continua sem diretor. A vereadora Sandra Batista recebeu informações de que estaria impedida de entrar na Casa I, que realiza atendimento infantil, por ordens da direção, após ter denunciado a ausência de medicamentos na farmácia do CAP’s.

A parlamentar lembra que é função do vereador fiscalizar


(Fonte:Ascom/Vereadora Sandra Batista, com modificações do blog)

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